←VoltarLPA - Lucro por Ação
Ano 2, No 5
J. Paulo Filho
Consultor de Planejamento Financeiro da Equipe Trader Gráfico.
Continuando o assunto da semana passada quando abordamos o primeiro Tópico da Análise Fundamentalista o VP – Valor Patrimonial, vamos nesta semana nos familiarizar com um outro índice de muito utilizado: o LPA – Lucro por Ação.
Além de utilizar o LPA dentro de uma cesta de índices "norteando" a decisão de compra de ação de uma determinada empresa, o LPA também é muito utilizado pelos investidores que possuem ações de uma empresa e necessitam avaliar os resultados gerados.
O LPA mede o ganho potencial de cada ação, porém não devemos confundir com ganho efetivo, uma vez que o lucro de um exercício não é normalmente distribuído em sua totalidade. Claro que, para esta análise devemos estar atentos a
composição do Lucro Líquido dos períodos em análise. Basta uma pequena olhada na Demonstração de Resultados (DRE) do mesmo período para podermos visualizar muita coisa, como por exemplo, se o Lucro foi gerado pelo negócio principal ou por outros tipos de receitas (venda de ativos, receitas não operacionais, estornos de provisões, etc.). Estes fatos são de extrema importância, pois irão mostrar se este lucro é gerado pela operação em si e deste modo provavelmente recorrente, ou por um fator pontual, não operacional e sendo assim sua tendência é de não se repetir nos próximos períodos.
O cálculo do LPA é feito pela relação entre o lucro líquido de um período dividido pelo número de ações emitidas, ou seja:
LPA = LL / Nº ações
Onde:
LPA = Lucro por Ação
LL = Lucro Líquido de um determinado período
Nº ações = Número de Ações emitidas
Desta fórmula vamos obter um valor que corresponde ao lucro por ação emitida, mas devemos atentar que, sendo analisado sozinho, podemos incorrer em distorções na análise, portanto preste atenção nestes pontos:
- Se, no período analisado, houve mudanças relevantes no setor de atuação da empresa alvo;
- Observando as perspectivas futuras da empresa, se há disposição para investimentos e/ou se o setor está ou estará em alta;
- Ameaças e oportunidades macroeconômicas, assim como pontos fortes e fracos dentro da empresa alvo em relação a concorrência;
- E, sempre, habituar-se a dar uma boa olhadela nas notas explicativas do balanço.
Esperamos que as dicas sejam úteis e não esqueçam que o ideal é sempre uma abordagem conjunta da análise técnica e dos princípios fundamentalistas.
Até a próxima semana com a continuação deste interessante assunto.